21 de março de 2010

Amore

Gostava de te ter,
Poder abraçar-te, sentir-te e
dar te arrepios, saber
que sim, que gostas da presença
de mim, de mais outra pessoa
que gosta de ti.

Vejo-te ao longe, e consigo sentir
o teu perfume, quando apenas
se vê tamanha beleza,
que irradia por si só sem que
algo se intrometa, entre
o meu olhar e a tua aparência.

Só de te ver fico contente,
não feliz, mas contente por saber
que por ai, ainda andam
raparigas, raparigas
merecidas de amor que
não se sabe já transmitir.

Raparigas de outrora
descritas por platónicos
que nos fazem deliciar
e sentir como eram,
amores platónicos,
utópicos e surreais,
um amor real.

Amor que por ser amor, mata e faz viver.
Destrói e constrói.
Nasce e faz renascer quem nunca o viu.

14 de março de 2010

A ti

Quanto tempo já passou e que a minha mente não se esqueceu, daquele momento tão bizarro que não o quero perder.
Lembro-me de te ver, mas não saber o que querer e
por isso corri rua abaixo com pânico de me reconheceres.
Ainda hoje penso na errada iniciativa que tomei,
talvez hoje ainda te tivesse, a lado meu e com corpo teu com almas partilhadas.
Mas desses tempos apenas sei o teu nome e a cor dos teus cabelos,
eras uma loira Inês aquela que me fez querer entrar todos os dias no ATL e nunca mais de lá sair.
Ainda hoje quando lá passo, ouço as vozes e vejo as correrias. Quem me dera puder ver mais, e lembrar-me dela mas nem tudo são alegrias.

Hoje gostava de te ver, e ver como reagirias, ver se também, o sentirias.

8 de março de 2010

Olissipo

Vejo-te além mar e além rio, formosa e bem erguida naquele que é o maior vale da minha terrinha.
Teu cérebro mata, mas ata, um escárnio a um amor que em ti vagueiam soltos e deambulantes, naqueles que sem ti, o teu fado um fátuo seria. .
Olham-se e sussurram.
Amam-se e matam-se.
Tu que não és das mais linda, mas das mais formosas. Que nem com tanta colina, se mareiam aqueles que por ti passam, toda em si airosa por um leito marujado.

Quando acordo,
Acordo em ti, bem encostado ao teu pulmão.
Ouço-te viver bem antes de alvorecer.
E entoaste ainda que por debaixo do sol, que nem as nuvens te param.
É essa altivez que me encanta.
Ao ver te assim Lisboa,
Que mal não se espanta?